Nova perspetiva

O 6.º GPE Open Days da Galp trouxe a Portugal especialistas de diversas áreas, que apresentaram a sua visão e conhecimentos sobre tudo o que envolve o setor energético, mostrando tendências e apontando caminhos e soluções para um futuro que se precisa mais sustentável

O Centro de Congressos do Estoril recebeu a sexta edição do Galp Petroleum Engineering (GPE) Open Days, sob o tema “Uma nova perspetiva sobre a energia”. Mais de 40 oradores abordaram desde temas mais abrangentes, como as tendências da energia e a transição energética, à inovação, digitalização, tecnologias de exploração do oceano profundo e inteligência artificial, entre outros.

Durante dois dias, mais de 300 pessoas, oriundas de diversos países, puderam escutar a opinião de especialistas, tirar dúvidas e trocar ideias, em sessões que serviram sobretudo para se inspirarem para o futuro.

Na abertura do evento, Thore E. Kristiansen, administrador executivo da Galp e responsável pela Unidade de Negócio de Exploração & Produção, apresentou dados da Agência Internacional de Energia que revelam que o petróleo e o gás continuarão a ter um papel importante no futuro como fontes de energia.

PROCURA CRESCE ATÉ 2025

Tom Ellacott, da Wood Mackenzie, quando traçou a perspetiva da sua empresa sobre a evolução da oferta e da procura do mercado de petróleo, gás e gás do petróleo liquefeito, salientou que, no caso da primeira matéria-prima, a tendência de crescimento da procura deverá manter-se até 2025. Durante o ano corrente, o aumento será de cerca de um milhão de barris por dia, enquanto no próximo a subida será de 1,5 milhões de unidades.

Tom Ellacott, da Wood Mackenzie, destacou no GPE Open Days um crescimento da procura de gás natural na ordem dos 37% entre 2020 e 2040

Daqui a seis anos a curva deverá começar a abrandar e a decrescer depois de 2040, devido, sobretudo, às mudanças já a decorrer no paradigma dos transportes com a implementação crescente de novas fontes de energia, como a elétrica e o hidrogénio, por exemplo. Por outro lado, Tom Ellacott referiu que a procura de gás natural deverá crescer 37% entre 2020 e 2040 e que será necessário aumentar a produção de gás de petróleo liquefeito para suprir as necessidades da procura no mesmo período.

Em face dos dados atuais, Thore E. Kristiansen explicou que as companhias ligadas ao setor, como a Galp, irão desempenhar um papel muito importante para assegurar o acesso de todos, a preços comportáveis, à energia. Claro que isso terá de ser feito, num mundo cada vez mais consciente dos efeitos da atividade humana sobre o ambiente, por empresas mais eficientes na produção de energia.

SOLUÇÕES INTELIGENTES

É preciso diminuir a pegada carbónica e para que isso aconteça “será necessário fazer grandes investimentos para encontrar, com custos mais baixos, soluções inteligentes”, salientou Thore E. Kristiansen.

É o que a Galp está a fazer há vários anos, trabalhando em parceria com centros de investigação e universidades, para encontrar soluções que lhe permitam fornecer energia de forma sustentável.

Com um portefólio diversificado, a empresa explora e produz petróleo e gás natural em países como Moçambique, Brasil e Angola e tem condições para que isso aconteça. Mas será necessário que todas as suas pessoas “continuem a contribuir com ideias e inovação e procurem alianças que nos permitam estabelecer parcerias e trabalhar em conjunto”, referiu o responsável, acrescentando, para finalizar, que “estamos empenhados em ser uma solução e iremos contribuir com energia sustentável para o mundo”.