A reação do setor energético à pandemia

Com a crise provocada pelo surto de covid-19, a energia assumiu um papel fundamental durante o período de confinamento e na criação de soluções para o futuro e economia global

Há tempos que definem a história. Com uma pandemia instalada em todo o globo, as economias de cada país estão a sofrer quebras apenas comparáveis à Grande Depressão dos anos 30. A crise sanitária induziu governos do mundo inteiro a apostarem sobretudo no setor da saúde e na recuperação económica. Mas o futuro está à porta e as mudanças provocadas pelo surto pandémico já estão a transformar a energia, a indústria, o setor das renováveis e a capacidade tecnológica de criar soluções.

Trata-se de uma corrida contra o relógio. Como em todos os setores, a duração da pandemia vai determinar o tempo necessário para a recuperação do setor energético. Ao mesmo tempo, a pressão para encontrar novos caminhos está a acelerar e a refinar a criatividade e o desenvolvimento tecnológico capaz de minimizar os impactos do vírus na existência humana. Para a história ficará uma linha que vinca um “antes” e um “depois” da covid-19.

No seu relatório anual, a Agência Internacional da Energia (AIE) refere que as quebras registadas na procura de energia vão conduzir a uma redução das emissões de CO2 na ordem dos 2.5 giga toneladas, cerca de 8% a menos relativamente a 2019. A concretizar-se será o nível mais baixo desde 2010. Num novo estudo, a AIE avalia as consequências da pandemia, apresenta medidas a ser adotadas pelos governos de cada país, para uma recuperação sustentável e equilibrada. Aqui fica o diagnóstico do setor perante a crise pandémica e alguns caminhos para um futuro próximo.