Autoconsumo é rentável e gera poupanças

É um mercado novo que começa agora a chamar a atenção dos consumidores. Produzir energia para consumo próprio, poupar na fatura mensal, e ter a possibilidade de comercializar o excedente não é uma projeção do futuro. É uma realidade

Na Península Ibérica, mais de 500 clientes, entre particulares e empresas de todas as dimensões perceberam a mensagem da Energia Independente (EI), start-up focada no negócio do solar que nasceu no ecossistema empreendedor da Galp: multiplicar a utilização de painéis solares para produzir energia limpa, de forma simples e sustentável, e com a vantagem de gerar receitas para o utilizador. Em poucos meses de atividade – a empresa nasceu em outubro de 2020 –, a EI assumiu a missão de fazer chegar a energia solar ao maior número possível de telhados em Portugal e em Espanha, garantindo uma solução à medida de cada cliente. Uma espécie de massificação personalizada, como explica Ignacio Madrid, o CEO. “Achamos que é um produto muito atrativo para o cliente porque tem uma série de vantagens”. A principal, garante o responsável, é a possibilidade de personalizar cada contrato. “Para fazermos uma proposta ao cliente partimos de dados reais, e isso é diferenciador”, reforça.

O ponto de partida para este ‘fato à medida’ foi o mapeamento de todos os telhados da Península Ibérica e a integração de outras informações como a inclinação de cada telhado ou as horas de sol. Assim, quando o cliente recebe a sua proposta tem a garantia de que o cálculo foi feito ao pormenor do mais ínfimo dado. “Trabalhamos com tecnologia que nos permite fazer isto. Não fazemos médias, analisamos ao dado”, assegura Ignacio Madrid.

A esta informação, a EI junta ainda os hábitos individuais de consumo do cliente, o consumo de cada edifício, com um cálculo imediato das poupanças, através da utilização de tecnologias como a inteligência artificial (IA), o big data ou as imagens via satélite. Um processo em constante atualização e desenvolvimento uma vez que, a cada mês, “os clientes que temos geram milhões de registos que podemos explorar, analisar com IA, reconhecimento de padrões, para que todas essas análises possam transformar-se em benefícios para os clientes”, explica Jorge Báez, CTO da EI. “Com o big data queremos transformar toda esta informação em algo útil e fácil de compreender para o cliente”, acrescenta o CEO.

Missão: Ser líder no solar

Para assumir a posição de liderança que definiu como objetivo, a EI quer chegar ao maior número possível de clientes, no período mais curto de tempo. E, para fazê-lo, a meta é “crescer de forma exponencial este ano, e construir as bases para continuar a crescer”, afirma Ignacio Madrid. Em relação a 2020, o objetivo é crescer mais de 10 vezes, apostando no desenvolvimento de todos os recursos tecnológicos necessários, e nos parceiros que, através das suas especialidades tecnológicas, permitam atingir esse resultado. “Queremos crescer, mas manter um negócio que seja altamente escalável que nos permita ser o player de referência no mercado”, revela o responsável da EI.

Tecnologicamente inovadora, a start-up foca-se ainda num outro ponto de diferenciação. O centro de controle, que faz a gestão de toda a rede de painéis instalados, em tempo real, e que permite corrigir anomalias à distância, monitorizar consumos e aconselhar formas de poupança adicional ao longo do contrato. “Esta inteligência e capacidade de desenvolvimento é a grande diferença”.

Em simultâneo, e para garantir que a solução tecnológica se mantém ‘state-of-the-art’, a EI está a construir um ecossistema de parceiros, cujas soluções e know-how façam a diferença nesta oferta. “Procuramos no mercado aa melhor tecnologia para gerar novas aplicações”, revela Jorge Báez. Neste momento, a equipa de parceiros ronda as duas dezenas, mas, como revela o responsável pela área da tecnologia, “estamos à procura de mais”. Na opinião de Ignacio Madrid, a EI está a abrir um mundo de oportunidades de várias formas. “Por isso abrimos o ecossistema aos melhores do mundo que queiram participar com as melhores práticas e os melhores produtos”.