Galp Solar e BPI juntam-se para apoiar descarbonização das empresas

Galp Solar e BPI assinaram um protocolo que garante aos clientes empresariais uma “oferta imbatível” no acesso a linhas de crédito para a instalação de painéis fotovoltaicos

O protocolo entre a Galp Solar e o BPI é mais um passo em direção à descarbonização da economia, um objetivo da sociedade com o qual a energética está fortemente comprometida. “Estamos a fazer um caminho de mudança muito rápido. A Galp marcou como objetivo a descarbonização total até 2050 e, por isso, já temos hoje mais de metade dos nossos investimentos nas energias verdes e renováveis”, apontou Teresa Abecasis, Chief Operating Officer (COO) comercial da Galp, durante a cerimónia.

A união de forças entre as duas instituições revelou-se frutífera para as pequenas e médias empresas portuguesas que pretendem contribuir para o desígnio comum da sustentabilidade. A partir de agora, os clientes empresariais do BPI têm acesso a uma linha de financiamento a 100% para a instalação dos sistemas de produção de energia fotovoltaica com uma taxa de juro “imbatível”. “Estamos a construir uma oferta imbatível no mercado. A Galp Solar vai fazer um desconto de 7% para clientes BPI e o BPI vai oferecer uma taxa de juro de 1%, que é o melhor que existe no mercado”, acrescentou Alfonso Ortal. O CEO da Galp Solar acredita que este acordo permitirá “favorecer a adoção de soluções sustentáveis” com maior rapidez.

“Estamos a construir uma oferta imbatível no mercado”

Do lado da energética, os pequenos e médios negócios podem contar com o conhecimento técnico e a experiência de uma estrutura que tem vindo a reforçar a aposta nas energias verdes. Pedro Barreto, administrador do BPI, explica que a Galp é “um parceiro que nos oferece garantias de que o cliente não terá nenhuma dúvida das vantagens de fazer este investimento”.

Teresa Abecasis salientou o percurso que a Galp está e fazer para atingir o objetivo da descarbonização total até 2050

“O tema da energia é central e está muito em voga, tendo em conta as alterações ao preço da energia. O que pensámos com este protocolo é em ajudar as empresas nessa transição”, assinala o responsável. A volatilidade no custo energético é um dos argumentos que ajuda as empresas a adotar novas soluções de produção e consumo de eletricidade, que podem permitir poupanças avultadas no final do mês. “Uma PME que tenha uma fatura média de 10 mil euros poupou [em 2022] 3.600 euros. É algo muito relevante na economia destas empresas”, esclarece Teresa Abecasis.

Pedro Barreto garante que “todos os setores que são grandes consumidores de energia” podem beneficiar deste protocolo, em particular em áreas como a produção de cerâmica ou de artigos têxteis. Mas também os negócios mais pequenos terão acesso à energia renovável, assegura Teresa Abecasis. “A nossa expectativa é que haja uma democratização total no acesso à capacidade de produção para autoconsumo”, afiança.

“A nossa expectativa é que haja uma democratização total no acesso à capacidade de produção para autoconsumo”

A par da redução da despesa dos clientes da Galp Solar no último ano – e que, globalmente, representou menos 4,8 milhões de euros em energia –, a COO comercial lembra ainda que esta é uma solução que promove a sustentabilidade. “Os clientes da Galp Solar pouparam cerca de 7.200 toneladas de CO2 à atmosfera, que é algo também muito relevante”, diz. As vantagens são, por isso, claras para os empresários, que podem garantir maior competitividade no seu mercado e tornarem-se menos dependentes das oscilações do preço da energia.

Investir num futuro melhor

Já com 10 mil instalações fotovoltaicas na Península Ibérica e considerada o terceiro maior produtor de energia solar no território, o objetivo da Galp Solar é duplicar este valor em 2023. Nesta senda, a energética reforça o compromisso com a democratização da descarbonização com o protocolo assinado com o BPI e que abrange todas as empresas clientes do banco em Portugal Continental. De acordo com a instituição bancária, o montante mínimo para o financiamento é de 10 mil euros e inclui 100% do investimento.