Galp aumentou a sua qualificação no índice de igualdade de género da Bloomberg

A igualdade de género é um direito fundamental consagrado na maioria das constituições dos países no mundo. A Comissão Europeia colocou este tema no topo da sua agenda política e adotou uma ambiciosa estratégia, até 2025, que visa uma Europa igual para homens e mulheres. No ranking do Gender Equality Index 2022 do EIGE (Instituto Europeu da Igualdade de Género), Portugal ocupa o 15.º lugar, com uma pontuação de 62,8 pontos em 100, e tem vindo, gradualmente, a registar melhorias.

A Bloomberg dá a conhecer, desde 2016, o Gender-Equality Index (GEI), resultado de um processo colaborativo que avalia o desempenho de empresas comprometidas em divulgar os seus esforços para apoiar a igualdade de género, desenvolvendo políticas específicas e apostando na representação e na transparência.

A Galp está, mais uma vez, presente neste índice de referência, atingindo, em 2023, uma pontuação de 85,75 (acima da média de 73), encontrando-se, assim, entre as 484 empresas destacadas ao nível mundial, num universo de cerca de 11.500 empresas de capital aberto que forneceram informação, em 45 países.

As pontuações GEI são calculadas uma vez por ano usando os dados do ano fiscal anterior para campos relacionados com o género disponíveis no perfil Bloomberg Terminal Financial Analysis (FA). As empresas analisadas são provenientes de setores como o tecnológico, o financeiro, o energético e o das utilities, a sua participação é voluntária e não implica custos, o que atesta a transparência deste research.

O índice mede a igualdade de género através de 70 métricas organizadas em cinco pilares: liderança feminina e fluxo de talentos, paridade salarial, cultura inclusiva, políticas anti-assédio e comunicação externa da marca. Esta lista, que não está organizada em ranking, permite aos investidores compararem companhias em todo o mundo percebendo quais são as que estão a apostar nas mulheres e em que regiões operam. Estando os investidores cada vez mais despertos para os critérios ESG e sobretudo para o poder das mulheres na sociedade, este estudo, independente e isento, representa, para as empresas que entram na lista, uma importante oportunidade para atrair investidores, pode ler-se no documento divulgado pela Bloomberg.

A Galp apresenta uma evolução face aos resultados do ano anterior, já que em 2020 tinha cerca de 43% de mulheres na sua força de trabalho, e em 2021 apresentava 44%. Também o número de mulheres em quadros superiores cresceu de 35% para 37% e a percentagem de mulheres em cargos de gestão passou de 32% para 33%.

Segundo dados do GEI, em 2021, a Galp Energia, num total de 18 membros no conselho de administração, tinha quatro mulheres, o que corresponde a 22%, sendo que entre o total de administradores executivos (5) existe uma mulher, ou seja, 20%. Em cargos de chefia superior, estão presentes 25,1% de mulheres, sendo que em chefias intermédias se encontram cerca de 36,8%. Nos cargos intermédios essa percentagem quase duplica, para os 67%. Incidindo sobre as promoções, 44% destas foram relativas a mulheres, e nas novas contratações, 48% foram do género feminino.

Relativamente aos pilares da paridade salarial e da inclusão, e em sintonia com o seu Plano para a Igualdade 2023, a Galp traça como objetivo aumentar a percentagem de mulheres em cargos de gestão e reduzir o “gap” de pagamento entre géneros, atingindo a paridade em 2030, reforçando que a prossecução de políticas ativas de igualdade entre homens e mulheres é um dever de responsabilidade social das empresas. O ODS 5 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), relativo à Igualdade de Género é um dos que demonstra, em termos globais, um menor progresso nos últimos cinco anos, sendo que está provado que a igualdade de género contribui para o aumento da produtividade e criação de valor.

À frente, também na sustentabilidade

Além de uma relevante presença no Gender-Equality Index (GEI) da Bloomberg, a Galp tem igualmente liderado vários índices internacionais de sustentabilidade. No final de 2022, era a empresa mais sustentável do seu setor no Dow Jones Sustainability Index (DJSI) World, estava no top 5 do Sustainalytics (promovido pela Morningstar), e na posição Leadership do CDP (Carbon Disclosure Project) para as alterações climáticas. No seu conjunto, estas distinções premeiam a estratégia da empresa para descarbonizar as suas atividades, divulgando de forma transparente o seu desempenho.