Por outro lado, sublinha Helena Gil, da Direção-Geral de Educação, os trabalhos práticos realizados nas escolas permitem “interligar as disciplinas e fazer o aluno perceber o que é útil e por que razão é útil” o conhecimento transmitido nas aulas de matemática ou físico-química, por exemplo. A técnica superior diz mesmo que “se não houver envolvimento, o aluno não aprende” e defende que “é muito mais fácil transmitir o conhecimento” através da metodologia de projeto. “E quem fala de energia, fala de economia circular ou de qualquer outro tema”, reforça.
Para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), projetos como o INOV D e iniciativas como o Energy Up, promovido pela Fundação Galp, permitem “cumprir os desígnios da educação ambiental”. Francisco Teixeira, da APA, assegura que o apoio desta entidade será para continuar e que é a prova de que “nada se faz de forma isolada”. A ADENE - Agência para a Energia tem uma posição semelhante, afirmou Marisa Alves, que se mostrou surpreendida pela qualidade do projeto desenvolvido nesta escola da Amadora. “Ideias criativas e inovadoras é o que é necessário para o futuro”, lembrou.
“O conhecimento aqui apresentado passa por uma fase teórica, mas depois pela componente prática que, para mim, é a mais importante”, destacou ainda António Felizardo, da Direção-Geral de Energia e Geologia.
Energy Up está de regresso
As parcerias entre a Fundação Galp, Galp Solar e as diferentes instituições ligadas à energia e ao ensino têm sido fundamentais ao longo das duas edições do Energy Up. A receita de sucesso, que já premiou duas escolas com 40 mil euros em painéis solares, está de regresso para a terceira edição e tem candidaturas abertas até 28 de abril. “Candidatem-se. A candidatura é feita de forma fácil no site da Fundação Galp e podem, se vencerem, ter 20 mil euros em painéis fotovoltaicos instalados pela Galp com benefícios a 20, 25 anos”, apela Diogo Sousa.
O diretor executivo da Fundação lembra ainda que esta é apenas uma de muitas iniciativas que a instituição tem promovido nos últimos 12 anos. “Já vamos com mais de dois milhões de alunos impactados e já trabalhámos com mais de 20 mil escolas”, detalha.
A competição que distingue os projetos escolares que mais se destacam na promoção de consumos eficientes de energia e na área da mobilidade sustentável vai voltar a premiar as ideias mais criativas por esse país fora. Os vencedores da terceira edição do Energy Up serão conhecidos a 30 de maio.