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A esperança está no verde

Na data em que se assinala o Dia Mundial do Ambiente, a Energiser lembra que, até 2050, as necessidades energéticas serão um grande desafio, prevendo-se que as renováveis desempenhem um papel fundamental na construção de um planeta mais sustentável

Todos os anos, o 5 de junho, data que a Organização das Nações Unidas decretou ser dedicada ao ambiente, é celebrado para promover a consciência e a ação dos governos e das populações com o objetivo de sensibilizar para a implementação de práticas que ajudem a preservar o nosso planeta. As preocupações são várias, entre elas a dos recursos naturais e energéticos.

Os seres humanos consomem, todos os anos, 50% mais de recursos do que aqueles que a Terra pode produzir de forma sustentável. Os dados são do World Wild Forum (WWF), instituição internacional segundo a qual precisamos de repensar a forma como produzimos e consumimos energia, comida e água e protegemos as florestas.

A humanidade cresceu de uma forma sem precedentes nas últimas décadas, até aos quase 7,8 mil milhões atuais. Entretanto, a sua prosperidade também aumentou, apesar das diversas crises económicas que têm afetado o nosso planeta, como a que estamos a viver. Esta evolução foi acompanhada pelo aumento da poluição ambiental, crescimento do efeito de estufa e a degradação dos recursos naturais.

Em 2050, espera-se que a população da Terra chegue aos 9 mil milhões, com quase 70% a viver em zonas urbanas, e que a economia mundial cresça quase quatro vezes em relação ao início da última década. A procura de energia e recursos naturais será, consequentemente, cada vez maior.

Para fazer face a estas desafios há ferramentas estabelecidas para a melhoria do futuro do ambiente no Acordo de Paris, datado de 2015, e uma meta muito importante: a neutralidade carbónica em 2050. Para isso acontecer é “fundamental que, até lá, as emissões anuais de gases com efeito de estufa se reduzissem de 6 a 7%”, disse Filipe Duarte Santos, especialista nacional em matéria do ambiente, em entrevista recente à Energiser. Mas também “é preciso que todos nos empenhemos num futuro mais seguro, saudável e resiliente para a natureza e os seres humanos”, acrescenta o WWF.

APOSTA NAS RENOVÁVEIS

É um facto que o nosso planeta está a mudar devido, em parte, às mudanças climáticas. Eficiência energética, apropriação do carbono e maior uso de energias renováveis são as três principais formas de reduzir emissões de carbono. O caminho já está a ser feito, com cada vez mais pessoas e empresas conscientes de que é necessário ajudar o planeta, praticando em casa gestos simples como desligar luzes desnecessárias e optar por equipamentos energeticamente eficientes, ou, numa perspetiva mais abrangente, a aposta na mobilidade sustentável, na construção de edifícios mais eficientes e no desenvolvimento constante nas energias renováveis.

A energia solar, do vento e da água tem sido utilizada pela humanidade há muitos milhares de anos e não produzem emissões de carbono. Assumindo um compromisso com a transição energética, nos últimos anos, muitos dos investimentos das grandes empresas de Oil & Gas têm vindo a ser direcionados para iniciativas verdes. E embora a covid-19 tenha aparentemente “paralisado” o mundo, de acordo com um estudo recente da consultora norueguesa Rystad Energy, a pandemia poderá ter um efeito catalisador nos investimentos desse sector em energias renováveis, adquirindo ativos, desenvolvendo competências e melhorando a sua capacidade de transição para um paradigma energético para lá das energias primárias. Neste estudo a Galp é identificada como a segunda empresa dentro das majors a mais investir nesse caminho.