Debater o desafio energético nas cidades inteligentes foi um dos temas do Portugal Smart Cities Summit, que decorreu recentemente na FIL, em Lisboa. Em palco esteve Teresa Abecasis, para quem só com um trabalho conjunto será possível vencer o desafio das alterações climáticas. Nas cidades inteligentes, disse a administradora da Galp para a área comercial, “este trabalho terá que ser feito com o apoio de entidades públicas, privadas e com a própria sociedade”.
No último dia de conferência, Teresa Abecasis partilhou o palco com José Basílio Simões, da Cleanwatts, que defendeu a aceleração da transição energética especialmente no setor da energia elétrica, mas também uma aposta na literacia dos consumidores. Pontos de concordância com a administradora da Galp que reforçou o compromisso da empresa nesta questão. “Estamos na transição energética a 100%”.
Na Portugal Cities Summit, Teresa Abecasis destacou o empenho da Galp na trasição energética
Teresa Abecasis recorda o anúncio recente da Galp sobre o fim das explorações de petróleo, já em janeiro de 2022, e o trabalho que a energética está a fazer no desenvolvimento da energia verde. “Somos líderes na produção elétrica a partir do solar e pioneiros na instalação de carregadores elétricos ultrarrápidos, essenciais para a massificação da mobilidade elétrica”, explica. Para a administradora, usar um carro elétrico “não pode ser um pesadelo”, pelo que a empresa tem como objetivo atingir os 1000 pontos de carregamento até ao final do ano, e chegar aos 10 mil em 2025. “Este é um ecossistema complexo, onde os dados são fundamentais e, por isso, estamos a investir em empresas de tecnologia, como a Flow e a EI - Energia Independente”, salienta.
Mas, para ter cidades inteligentes não basta “passar para energia limpas”, acredita José Basílio Simões. Teresa Abecasis concorda, reforçando que a sustentabilidade está em vários temas, mas que o importante “é fazer acontecer”. A administradora acredita que há cada vez mais vontade de investir em soluções sustentáveis, especialmente ao longo da pandemia, e reconhece que o Governo tem algumas “boas ideias em cima da mesa”. Certo é, defende, que hoje poucos terão dúvidas de que o caminho é da transição energética, da descarbonização e da eficiência energética e “qualquer coisa simples pode ser importante e fazer a diferença na eficiência”.